Por Leandro Paganelli

## - A newsletter

De onde viemos e para onde vamos (no caso, eu). Uma reflexão.

Esse formato de newsletter tem muitas vantagens, a principal delas é o tom intimista e a liberdade para explorar qualquer assunto. Afinal estou escrevendo para a caixa postal de amigos, ainda que eu não conheça alguns de vocês, todos se inscreveram interessados nos assuntos que eu teria para dizer.

Vou abrir o jogo. Comecei este projeto como um exercício de escrita. Eu estou escrevendo um livro de ficção científica, já comecei alguns capítulos e tenho uma ideia mais ou menos estruturada, mas percebi que precisava de mais prática para a coisa fluir e ficar realmente boa. Fiz algumas pesquisas, alguns cursos e como exercício achei legal manter um projeto para escrever com constância e que também fizesse uma ponte com a minha profissão. Minha ideia ainda é manter isso por tempo, e ir avaliando os resultados. Então aqui vai um relatório de avaliação.

Pode ser muito cedo ainda, esta é apenas a sétima newsletter, mas precisava nos rumos que estou tomando.

Eu comecei com a intenção de contar algumas curiosidades arquitetônicas, iniciando pela cozinha - o coração da casa. Logo a coisa foi para o início da história da humanidade.

Tem coisa que não adianta planejar muito, precisamos ir fazendo e sentindo as coisas vão nos direcionando por si só. Se tentarmos planejar cada passo, é provável que nunca saiamos do lugar. É bom ter um roteiro, mas poder curtir os desvios, para depois voltar a trilha planejada com uma história mais rica. Garanto que vou voltar para os assuntos da cozinha. Um dia.

Outra coisa que aprendi é balancear o peso das coisas. Uma grande mentira que contavam era aquela história de que bastava "trabalhar com o que se gosta e você nunca mais precisaria trabalhar". Tem também uma figurinha de WhatsApp que diz: "trabalhe com o que gosta e você nunca mais vai gostar do que gosta". Outro exagero. Acho que o que precisamos é achar o meio termo.

Até agora a newsletter fluiu de forma quase automática semanalmente. Estou levando de forma meio despretensiosa e quero continuar assim, testar algumas coisas mais literárias e experimentais. Pode ser que algumas semanas eu volte aos assuntos da cozinha, da sala e da origem da arquitetura, pode ser que eu explore o ponto de vista de uma planta ou de uma molécula. Ou então eu posso começar a explorar algum assunto do livro.

Falando no livro por enquanto ele se passa nas geladas ilhas Georgia do Sul e Sandwich do Sul, e um pesquisador entediado está prestes a fazer uma descoberta que vai mudar tudo o que conhecemos. Podem ter semanas sem newsletter também, estejam avisados!

Agradeço muito quem leu até aqui, se interessou e comentou. Hoje é só isso mesmo. Vamos em frente.

Abraços!